quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

A corda e a fé


Esta é a historia de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios. Ele resolveu, depois de muitos anos de preparação, escalar o Aconcágua.
Ele queria a glória somente para si. Resolveu então escalar sozinho sem nenhum companheiro, o que seria natural no caso de uma escalada dessa dificuldade.
Ele começou a subir e foi ficando cada vez mais tarde.
Porém ele não havia se preparado para acampar e resolveu seguir a escalada, decidido a atingir o topo. Escureceu, e a noite caiu como um breu nas alturas da montanha, e não era possível mais enxergar um palmo à frente do nariz, não se via absolutamente nada.
Tudo era escuridão, zero de visibilidade, não havia Lua e as estrelas estavam cobertas pelas nuvens.
Subindo por uma "parede", a apenas 100 metros do topo, ele escorregou e caiu... Caía a uma velocidade vertiginosa, somente conseguia ver as manchas que passavam cada vez mais rápidas na escuridão.
Sentia apenas uma terrível sensação de estar sendo sugado pela força da gravidade.
Ele continuava caindo e, nesses angustiantes momentos, passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes que ele já havia vivido em sua vida. De repente ele sentiu um puxão forte que quase o partiu pela metade ... shack! Como todo alpinista experimentado, havia cravado estacas de segurança com grampos a uma corda comprida que fixou em sua cintura.
Nesses momentos de silêncio, suspenso pelos ares na completa escuridão, não sobrou para ele nada além do que gritar:
- Oh, meu Deus! Me ajude! De repente uma voz grave e profunda respondeu: - O que você quer de Mim, meu filho? - Me salve, meu Deus, por favor! - Você realmente acredita que Eu possa te salvar?
- Eu tenho certeza, meu Deus.
- Então corte a corda que mantém você pendurado...Houve um momento de silêncio e reflexão.
O alpinista se agarrou mais ainda a corda e pensou que se largasse a corda morreria...Conta o pessoal de resgate que no dia seguinte encontraram um alpinista congelado, morto, agarrado com as duas mãos a uma corda ... ...a não mais de dois metros do chão.
E você...? Está segurando a corda...???

Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.

Morre lentamente quem vira escravo do habito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado.

Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não da papo para quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da TV o seu guru e seu parceiro diário. (Como pode 14 polegadas ocupar tanto espaço em uma vida?). ]

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no branco" e os "pingos nos is"a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve musica, quem não acha graça de si mesmo.

Morre lentamente quem destrói seu amor próprio,quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se a má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de inicia-lo,não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar !!!!

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